04 maio 2014

[Resenha] "Sete Dias Sem Fim" de Jonathan Tropper



Título: Sete Dias Sem Fim
Autor: Jonathan Tropper
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
Judd Foxman pode reclamar de tudo na vida, menos de tédio. Em questão de dias, ele descobriu que a esposa o traía com seu chefe, viu seu casamento ruir e perdeu o emprego. Para completar, seu pai teve a brilhante ideia de morrer. Embora essa seja uma notícia triste, terrível mesmo é seu último desejo: que a família se reúna e cumpra sete dias de luto, seguindo os preceitos da religião judaica. Então os quatro irmãos, que moram em diversos cantos do país, se juntam à mãe na casa onde cresceram para se submeter a essa cruel tortura. Para quem aprendeu a vida inteira a reprimir as emoções, um convívio tão longo pode ser enlouquecedor. Com seu desfile de incidentes inusitados e tragicômicos, Sete dias sem fim é o livro mais bem-sucedido de Jonathan Tropper. Uma história hilária e emocionante sobre amor, casamento, divórcio, família e os laços que nos unem – quer gostemos ou não.

Olá, Encantados! Vamos conferir mais uma resenha:

Judd pode ser considerado um daqueles caras muito azarento! Não é todo dia que vemos alguém que perdeu a esposa, o emprego e o pai. A vida dele começou a ser puro tédio quando encontrou sua esposa, Jen, o traindo com seu chefe. Não basta trair com o chefe dele, tem ser na casa dele, no quarto, na cama e no dia de aniversário de casamento!!! Foi assim que  Judd perdeu a esposa e o emprego. O pai dele falecera devido a um câncer, mas antes de morrer ele queria que fosse realizado um ultimo desejo: a família teria que cumprir sete dias de luto, o shivá da religião judaica. Judd e seus irmãos Wendy, Paul e Philip não acreditaram muito nisso até porque o pai deles nunca acreditara em Deus. Apesar da dúvida sobre a crença do pai, seus irmãos e a mãe, Hill, vão sim cumprir os Sete Dias de Luto. Os Sete Dias Sem Fim.


- Papai morreu - diz Wendy sem a menor cerimônia, como se isso já tivesse acontecido antes, como se acontecesse todo dia. Às vezes dá nos nervos esse jeito dela de nunca se abalar, mesmo diante da pior tragédia. - Faz duas horas.
- Como está mamãe?
- Ah, daquele jeito dela, né? Queria saber quanto dar de gorjeta ao legista.

Neste dias que se seguem vamos conhecer não apenas a história de Judd, mas também de cada irmão dele com seus problemas: 
- Wendy passando por dificuldades em seu casamento com Barry. Além dos três filhos para cuidar.
- Paul (só sabe remoer seus ressentimentos) que também enfrenta uma crise com sua mulher Alice, pois ela deseja engravidar e não consegue
- Philip que nunca foi certinho e agora a sua namorada atual, Tracy, tenta colocar ele na linha.

Tudo isso acontecendo ao mesmo tempo e imagine só: eles na mesma casa! São irmãos que não conseguem ficar muito tempo sem começar a discutir. Uma casa enlutada, mas que na verdade pode parecer uma casa enlouquecedora, pois esta é uma família que aprendeu a vida inteira a reprimir as emoções. Ahh, ainda tem os amigos e vizinhos que vem dar as condolências! 

É totalmente inconcebível que consigamos sobreviver sete dias juntos aqui, desviando-nos uns dos outros como moléculas girando em uma solução química. Não há como saber como tudo vai acabar, mas, em termos de metáfora, não dá para imaginar coisa muito melhor do que defecar em porcelana fina.

O livro apesar de parecer ter toda uma drama tristonha, é contada por Judd que transforma esta tristeza em humor, um dos pontos mais fortes do livro que o torna hilário e muito divertido. A narração é no presente, mas Judd alterna com o passado contando histórias, como por exemplo a traição de sua mulher (essa parte eu morri de ri). Todos os personagens são bem explorados e para descobrir o final de cada irmão de Judd, de sua mãe Hill (vocês terão uma grande surpresa) e também do próprio Judd é só ler e se divertir a vontade descobrindo as mágoas, os antigos amores e os segredos inimagináveis

Não importa se você tem 72 anos: as mulheres ainda conseguem passar como um trator por cima do seu coração. Isso é algo que nunca me ocorreu e que considero assustador, mas curiosamente tranquilizante.

Sobre a minha edição: o livro é divido em capítulos e também nos dias da semana dos dias de luto. Alguns capítulos são longos outros não. Encontrei apenas um erro de ortografia, nada que atrapalhe a leitura. A capa é linda e uma fonte boa.

Sete Dias Sem Fim foi uns dos melhores livros que li este ano. O legal é que, apesar de todo o humor do livro, ele consegue deixar um aprendizado após a  leitura. O Amor, o casamento, o divórcio é mostrada e nos ensina que devemos sempre valorizar nossas famílias, aqueles que temos sempre ao nosso lado, mesmo que tenha as diferenças entre cada um. Ame sem fim, perdoe sempre e seja feliz! 



Minha classificação é 5/5 Encantos, apesar do final ser rápido, o que me cativou foi a narrativa e os personagens. Não é uma leitura qualquer, é um livro para chorar de rir e de cortar o coração.

Daria meu dente da frente para me apaixonar novamente. Eu amava estar apaixonado - os beijos intensos, o sexo urgente, as declarações ardentes, os telefonemas altas horas da noite, a linguagem particular e as piadas íntimas, o jeito como os dedos pousam de maneira possessiva no braço durante um jantar com as amigas.

3 comentários:

  1. Achei a resenha muito legal e o livro parece ser ótimo.
    A capa não é nada atraente pois parece um daqueles livros de autoajuda mas o enredo me chamou atenção.

    Abç

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  2. Victor querido que leitura mais madura, não sabia que vc gostava de livros assim.
    Com certeza livros assim nos passam a mensagem dos valores que realmente importam na vida, além de nos informar como poderíamos no comportar em situações semelhantes. Parabéns pela leitura e resenha.

    Beijos - leituras, vida e paixões!!!

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  3. Que resenha bela, eu senti a necessidade de ler esse livro logo. Pelo visto o autor sempre aborda temas tristes com uma pitada de comédia, eu acho que isso é um grande diferencial em sua escrita (apesar de não ter lido nada dele). Sempre tive vontade de ler Tudo Pode Mudar, mas nunca encontrei esse livro. Recentemente comprei o Como Falar Com Um Viúvo e não vejo a hora de ler. Assim que tiver a oportunidade, compro e leio Sete Dias Sem Fim também.

    Até mais ver,
    Pedro S.
    decaranasletras.blogspot.com.br

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