14 maio 2014

[Resenha] "Primeiro Amor" de James Patterson e Emily Raymond



Título: Primeiro Amor
Autor (a): James Patterson e Emily Raymond
Editora: Novo Conceito
Páginas: 240
Axi Moore é uma garota certinha, estudiosa, bem comportada e boa filha. Mas o que ela mais quer é fugir de tudo isso e deixar para trás as lembranças tristes de um lar despedaçado. A única pessoa em quem ela pode confiar é seu melhor amigo, Robinson. Ele é também o grande amor de sua vida, só que ainda não sabe disso. Quando Axi convida Robinson para fazer uma viagem pelo país, está quebrando as regras pela primeira vez. Uma jornada que parecia prometer apenas diversão e cumplicidade aos poucos transforma a vida dos dois jovens para sempre. De aventureiros, eles se tornam fugitivos. De amigos, se tornam namorados. Cada um deles, em silêncio, sabe que sua primeira viagem pode ser também a última, e Axi precisa aceitar que de certas coisas, como do destino, não há como fugir. Comovente e baseado na própria vida do autor, este livro mostra que, por mais puro e inocente que seja, o primeiro amor pode mudar o resto de nossas vidas.

Desde que li o livro "O Diário de Suzana Para Nicolas" do James Patterson passei a admirar sua visão de escrita romântica (até porque ainda não li os suspenses que ele escreve) e então quando soube do lançamento desse livro já deixei reservado e até porque, pela sinopse parece bastante com a minha história. Por sorte eu o ganhei!

O livro contado em primeira pessoa, fala da história de Axi e Robinson. A julgar pela capa eles já são um casal mas isso demora um pouquinho pra acontecer até mesmo porque eles são completamente opostos um ao outro. Axi é fanática por leitura e Robinson nunca leu nenhum livro que ela tenha indicado, Robinson é determinado e rebelde mas Axi cansou de ser uma menina certinha e o chamou para acompanhá-la em uma viagem sem um destino específico pois ela gostaria de se sentir um pouco rebelde alguma vez na vida. Ela perdeu sua irmã Carole Ann para o câncer, foi abandonada pela mãe e seu pai parece ser um bêbado irresponsável. Olhando por esse ângulo, você acha que ela realmente deveria viver uma aventura. Sem avisar a ninguém e matando três semanas de aula, ela se vê descobrindo novas coisas, novos lugares e novos sentimentos com alguém que mais tarde será seu primeiro amor.

Agora, sob um céu do Colorado tão azul que machucava meus olhos, nós chegamos à verdade aterrorizante. Você pode planejar sua fuga, pode abandonar sua vida e sua família, você pode acelerar por uma pista dupla em um carro roubado. Mas há certas coisas das quais você nunca poderá escapar.

Durante a viagem, Axi e Robinson roubam carros, uma moto, invadem uma casa em Hollywood, ameaçam um policial entre diversas coisas perigosas, mas não demonstram arrependimento em momento algum. O único arrependimento presente no livro está quando Axi começa a descobrir que ama Robinson mas não tem coragem de o dizer. Quando finalmente cedem ao sentimento, temos uma situação complicada de lidar e é a partir daí que começamos a ter mais informações de quando e onde eles se conheceram. Descobrimos que Axi e Robinson na verdade, são dois adolescentes que possuem câncer em remissão e que quando finalmente parecem estar bem, na verdade Robinson não está.

Na verdade, eu e Robinson tínhamos uma rotina. Nós a aperfeiçoamos nos corredores da ala de pacientes de câncer do hospital em Portland. As enfermeiras nos adoravam. Éramos como Abbott e Costello do câncer.

A partir da segunda parte da história (ah, o livro é dividido em duas partes), Axi finalmente tem coragem de revelar seus sentimentos por Robinson e fica surpresa ao descobrir que aquele menino simpático e lindo que poderia ter qualquer garota que quisesse, a ama também. Então começamos a ler a parte mais feliz e romântica da história em que esbanjam felicidade, liberdade e segredos. Mesmo com Robinson mal, eles ainda persistem em sua viagem e quando Axi finalmente acha que é hora de parar, o "Patife" a leva para conhecer sua família - a qual ela desconhecia. E então, vem o fim.

- E a garota entendia outra coisa. E talvez o menino também entendesse. O amor era mágico e infinito. Mas a sorte, no fim das contas, não era.

O livro foi muito bem escrito e a proposta por trás da história é muito bacana. Achei que seria um livro como "A Culpa é das Estrelas" mas quando você o lê, de certa maneira nota que o que James Patterson e Emily Raymond querem dizer é: seja livre, aproveite a vida e faça tudo que tem que fazer com quem você quer fazer, antes que seja tarde demais. O livro começa de um jeito até desanimador mas quando você menos nota, você está tão apegado que é besteira abandoná-lo. Falar sobre o câncer nunca é fácil mas quando você vê as coisas acontecendo dessa forma em sua mente, você se coloca no lugar e consegue julgar melhor as razões, os desabafos e revoltas de quem tem que conviver com isso. Foi uma leitura rápida, mas muito profunda. Recomendo o livro aos bons admiradores de aventura e romance (e preparem um lencinho pelo menos rs).

Antes de Robinson e eu partirmos em nossa viagem, escrevi uma dissertação sobre o pensador frânces Michel de Montaigne, ( - Hummmm, sofisticado - Robinson debochou.) "A melhor coisa no mundo é saber pertencer a si mesmo", Montaigne escreveu. E, se por um lado Montaigne foi um homem muito inteligente, tenho certeza de que, nessa instância em particular, ele falou besteira. A melhor coisa no mundo é saber pertencer a outra pessoa.

Darei 4/5 encantos ao livro porque infelizmente acabou rápido demais e sem muitos detalhes.



Espero que tenham gostado da resenha. Deixem sua opinião!
Um beijo e um queijo, e até logo.

4 comentários:

  1. Own!
    Gosto de livros com detalhes.
    Eu tenho O diário de suzana..., mas não li ainda!
    Mesmo assim quero ler esse.
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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  2. OI Ana!
    Ainda não tive oportunidade de ler nada do James Patterson, mas assim como você desejo começar por "O Diário de Suzana Para Nicolas". Sobre o livro resenhado eu não sabia muito bem sobre como a história era desenvolvida, no entanto tinha a impressão que seria bem melosa. Agora com a sua resenha vejo que a trama é bem mais complicada. Com certeza vou acrescentar a minha lista de leituras.

    Beijos
    Espero sua visita =)
    http://numrelicario.blogspot.com.br/

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  3. Ana estou virando fã das suas resenhas, parabéns ficou bem escrita e objetiva.
    Gosto desse autor, mas confesso que estou evitando livros que o pano de fundo é o câncer =\ não me sinto bem! mas gostei dos pontos que vc indicou e as mensagens que vc percebeu. Valeu pela dica, quem sabe um dia!!!?? Beijos

    Leituras, vida e paixões!!!

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  4. Oi, Ana!

    Eu só um livro do James: O dia da caça. Gênero bem diferente desse. Eu gostei da escrita dele, simples que deixa a leitura rápida. Eu não sei se leria esse livro, apesar de parecer bom. Eu já dei um desse gênero para minha cunha, O diário de Suzana para Nicolas, ela disse que gostou muito do livro. Por isso, quem sabe eu leia este ou até mesmo o que eu dei pra minha cunhada? Nunca se sabe.

    Abraços!

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