02 janeiro 2014

[Resenha] "É Melhor Não Saber" de Chevy Stevens

Título: É Melhor Não Saber
Autor(a): Chevy Stevens
ISBN: 978-85-8041-121-8
Editora: Arqueiro
Páginas: 320
Classificação: 5/5 Percy's
Sara Gallagher nunca sentiu que pertencesse de verdade à sua família de criação. Embora sua mãe seja amorosa e gentil e ela se dê bem com sua irmã Lauren, a relação com o pai e a irmã caçula, Melanie, sempre foi complicada. Às vésperas de se casar, Sara decide que está pronta para investigar o passado e descobrir suas origens. Mas a verdade é muito mais aterrorizante do que ela poderia imaginar. Sara é fruto de um estupro, filha do Assassino do Acampamento, um famoso serial killer. Toda a sua paz acaba quando essa história é divulgada na internet e o pai que ela anteriormente queria conhecer resolve entrar em sua vida de forma avassaladora. Eufórico com a descoberta de que tem uma filha, John vê nela sua única chance de redenção. E, para criar um vínculo com Sara, ele está disposto a tudo, até a voltar a matar. Ao mesmo tempo, a polícia acredita que essa é sua única chance de prender o assassino e resolve usá-la como isca. Então Sara se vê numa caçada alucinante, lutando para preservar sua vida e a de sua filha. É melhor não saber é um complexo retrato de uma mulher tentando entender suas origens. Uma história cheia de reviravoltas, na qual ninguém é completamente bom ou mau.

Depois da sinopse oficial do livro acho que não tenho muito a contar sobre a história para vocês. Já sabemos antes de ler que Sara era adotada e aparentemente odiada pelo pai. Casada com Evan e tendo uma filha, Ally, ela decide procurar seus pais biológicos. Através do registro de nascimento encontra a mãe, porém a mãe não queria se comunicar com ela. Decidida a saber mais contrata um detetive particular e descobre que seu pai era John, o famoso serial killer também conhecido como o Assassino do Acampamento.

"Quando lhe contei que tinha encontrado minha mãe, disse que isso era como andar sobre o gelo fino. Como cair diretamente na água gelada. Você luta para voltar a superfície, com os pulmões ardendo e concentrada naquele feixe de luz acima de você. Mas quando finalmente consegue chegar la, a água voltou a congelar e o buraco se fechou." - Página 133

Sem saber como, a notícia da história de Sara cai na internet e ela começa a receber ligações de um homem que diz ser seu pai. Assustada ela entra em contato com a polícia que a ajuda a prosseguir com as ligações e descobrir a verdadeira localização de John.

"É Melhor Não Saber" é um livro de começo parado, mas de final eletrizante. O livro é inteiramente narrado em primeira pessoa, porém em forma de sessão de psicanálise, ou seja, todo o livro é Sara contando os acontecimentos para Nadine, sua psicóloga. Em nenhum momento do livro Nadine fala, mas temos algumas descrições dela através de Sara.

"Nunca tinha conhecido ninguém como você, com seu modo de se vestir, sua elegância artística, seu ar de intelectual boêmia, seu suéter-xale jogado sobre os ombros, seu corte de cabelo com todas essas mechas grisalhas tão incomuns. Era como se você não só aceitasse sua idade, mas também se orgulhasse dela. O modo como que tirava os óculos quando se inclinava para me perguntar alguma coisa e como batia o dedo na caneca craquelada que você mesma fez na aula de cerâmica porque estava entediada e achava importante nunca parar aprender. Estudei cada movimento seu, prestei atenção em tudo, e pensei: Essa é uma mulher que não tem medo de nada. É assim que quero ser." - Página 60

Como disse o final do livro é eletrizante e completamente inesperado. Quando na sinopse temos "Uma história cheia de reviravoltas, na qual ninguém é completamente bom ou mau" está completamente certo. John não é totalmente mal assim como as pessoas boas não são tão boas assim. Foi minha última leitura completa do ano de 2013 e posso dizer que fechei o ano com chave de ouro. Ainda não consegui digerir todos os fatos e injustiças. Sabe aquela sensação de querer entrar no livro e tentar mudar os acontecimentos? Foi o que aconteceu comigo. Recomendo o livro para quem gosta de fortes emoções e vai uma dica: as vezes tem coisas na vida que É MELHOR NÃO SABER!

Super Abraço, Victor Rosa 

6 comentários:

  1. Oie :)

    Depois da sua resenha pode ter certeza que, EU QUERO SABER mais sobre esse livro rs. Abraço!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. Uma ótima leitura!
    A narrativa da Chevy é sensacional, deliciosa e angustiante.
    Estou aguardando loucamente o próximo livro dela que já foi lançado em alguns países, a Nadine será protagonista. :D

    Abraços.

    Rogério Queiroz - Uma dose de palavras.
    http://uma-dose-de-palavras.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  3. Victor amigo fico mega feliz por ter te dado a oportunidade de ler esse livro maravilhoso. Amei sua resenha e desejo que nesse ano novo vc leia muita coisa boa e claro ganhe muitas promoções!!!
    Abração!!!

    Leituras, vida e paixões!!!

    ResponderExcluir
  4. Oi Victor, tudo bem?

    não sei se eu ia conseguir vencer esse inicio meio paradão do livro. Que bom que ele melhora no final!! Fechou o ano bem, hein?! =D

    beijos
    Kel
    www.porumaboaleitura.com.br

    ResponderExcluir
  5. Apenas uma palavra:
    UAU
    http://vivendonoinfinito.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  6. Sou completamente apaixonada por este livro *ooo*
    Lembro que quando li eu não conseguia mesmo me desgrudar dele lool almoçava com o livro do lado
    Eu amei o que a narrativa que a autora criou pois mexeu comigo, como por exemplo, eu não conseguia me entender como no final eu fiquei com pena de John até sabendo do que ele fez no passado.
    Aquela reviravolta do final, eu lembro que quando li eu tive que voltar a página para ver se aquilo era mesmo real pois eu não esperava.
    Super recomendo também ^^

    http://www.masquelivro.com/

    ResponderExcluir