27 dezembro 2013

[Formadores de Encantos] Willian Donadon


Olá Encantados, tudo bem?
O blog está passando por uma série de mudanças, incluindo um enorme organização com postagens e datas programadas (arte do Victor Marcos) e o Formadores de Encantos tornou-se uma coluna quinzenal. Então já sabem né? Todo começo e meio de mês teremos uma entrevista super legal \o/

O entrevistado da vez no Formadores de Encantos é Willian Donadon, autor da série A Lenda de Hogni com o primeiro livro "O Cinturão de Adhara" lançado pelo selo Novos Talentos da Literatura Brasileira/Novo Século.

W. Donadon nasceu no interior de São Paulo, em agosto de 1992. Desde cedo apaixonado por mitologias e incentivado por seus pais à literatura, começou a escrever seu primeiro romance aos dezesseis anos, enquanto ainda estava no Ensino Médio. Atualmente, enquanto cursa a faculdade de Cinema, Willian escreve seu próximo volume, que dará continuidade à quadrilogia.





Vamos a entrevista:

E.P - Em poucas palavras, quem é Willian Donadon?

Um cara do interior apaixonado por Disney, Mitologia, livros e torta de limão. Não necessariamente nesta ordem.

E.P – Quando você percebeu que estava pronto para escrever um livro?

Não há uma resposta curta para essa pergunta, creio. A verdade é que eu não soube. Lá atrás, quando decidi escrever um livro apenas pensei: “ah, deve ser uma experiência interessante” e fui escrevendo. Talvez naquela época eu ainda não estivesse pronto, mas o livro saiu e, por mais incrível que me pareça, muita gente está gostando. Hoje eu me sinto mais preparado para toda a jornada da escrita; sei onde estou pisando, que caminhos seguir, o que não fazer, etc. É uma questão de treino, testes e pesquisa sobre um assunto quase infinito. No fim, eu acho que o termo certo seria não “estar pronto”, mas sim “estar disposto”. Escrever leva tempo, paciência, esforço mental e (sim, isso é verdade) define e muda meu humor drasticamente. Eu não tinha noção de tudo, por isso digo que não sabia se estava pronto. Foi um tiro no escuro que, felizmente, me fez enxergar o que eu queria para mim.

E.P – Qual seu primeiro livro publicado? E qual foi à sensação ao receber seu trabalho feito e pronto para ser vendido?

Meu primogênito foi o “A Lenda de Högni – O Cinturão de Adhara”, lançado pela Novo Século.
A sensação... é indescritível. É como um sentimento de dever cumprido, só que melhor. Me lembro quando os meus exemplares chegaram em casa; eu travei e fiquei só olhando o livro por um bom (muito bom) tempo, até me cansar e conseguir fazer outra coisa. Juro que nem me lembro do que pensei naquele dia, mas pensando agora eu compararia como (me julguem!) se apaixonar à primeira vista.

E.P – O que foi mais difícil no começo, antes de publicar o livro, e o que é mais difícil agora para manter a carreira?

Assim que o livro ficou pronto, a dificuldade foi achar uma casa que aceitasse publicá-lo. Não é uma tarefa nada fácil (porque literatura nacional não tem incentivo do público e das editoras, porque autor iniciante não tem contatos, não tem nome no mercado, não tem público fiel, etc.) e por mais que sempre haja aquela pessoa que vem com “J.K. Rowling foi rejeitada 13 vezes antes de publicar Harry Potter” ou “Stephen King ouviu 30 ‘nãos’ antes de conseguir lançar Carrie”, aos poucos os meus nãos foram se instalando em mim ao invés de passarem batidos. O que quero dizer é que a parte mais difícil foi encontrar uma editora, porque os nãos que fui recebendo aos poucos me colocaram pra baixo até eu pensar em largar mão de tudo.
Acho que o ponto mais difícil agora é manter contato com o público. Eu gostaria de poder visitar todos os meus leitores, sentar para bater papo, pedir opiniões, perguntar o que gostaram e o que não, etc. O Facebook ajuda muito, mas o contato cara a cara é importante e muito mais difícil para mim quando o local é longe.

E.P – Onde surgiu sua motivação para escrever um livro? Teve algum autor, filme, série, enfim algo ou alguém que contribuiu para sua decisão?

Desde cedo esse era um desejo meu. Já escrevia pequenas histórias quando criança, mas por algum motivo nunca havia me dedicado a algo em larga escala.  Autor que me influenciou foi, principalmente, Lemony Snicket. Eu ainda sou apaixonado por Desventuras em Série em todos os aspectos e muito do estilo de composição de história do “A Lenda de Högni” foi tentando criar a linha de mistérios e descobertas que envolvem a do Lemony (essa coisa de colocar easter eggs no primeiro livro que só serão entendidos se você relê-lo depois do último). Não me lembro de nenhum filme em especial que tenha me inspirado, do mesmo modo que seriados eu comecei a assistir tempos depois de já ter escrito o livro. Talvez inspire o próximo...

E.P – O que você mais gosta em suas próprias histórias?

Pergunta difícil. Vou responder com base no A Lenda de Högni, porque em cada projeto existe algo que eu goste mais. Enfim...
Eu gosto muito do tom sarcástico que o Henri usa para levar alguns assuntos. Gosto porque na minha visão ele fala o que as pessoas não esperam ouvir sem fazer daquilo violência gratuita. Outra coisa que eu adoro é como a história é, em si, uma metáfora imensa para a realidade. Confesso que é algo que nem eu mesmo havia pensado ao escrever. Um dia um leitor me fez uma pergunta simples que me fez enxergar a forma como tudo se encaixa e eu gostei tanto da resposta que eu consegui dar a ele que tirei um print da tela e salvei junto com o original do livro. Haha

E.P – Tem algum livro, além dos seus, que você tenha algum carinho especial?

Acho que transpareceu que sou apegado demais à minha coleção do Desventuras em Série. Mas fora estes, tenho um carinho muito especial por Dragões de Éter. Harry Potter também, assim como Jogos Vorazes, muito embora eu nunca tenha sido o tipo de fã obsecado. Por meu primeiro livro ser sobre mitologia grega as pessoas costumam achar que sou fã de Percy Jackson quando na verdade sequer terminei a primeira saga.

E.P – Já teve alguma crítica negativa sobre A Lenda de Högni? Como você encarou ou espera encarar tais críticas?

Geralmente as resenhas que consegui com parceiros indicaram os pontos positivos e negativos que enxergaram no livro, o que eu acho extremamente útil porque me ajuda a evitá-los futuramente. Resenha inteira negativa tive apenas uma, que criticou personagens, enredo e narrativa. Fiquei um pouco chateado, mas é como dizem: nem Cristo agradou todo mundo.

E.P – Partindo para o lado pessoal, quais são seus hobbies?

De um tempo para cá venho assistindo muitos seriados. Gosto demais de ir ao cinema, muito embora recentemente tenha ido pouco em comparação ao que costumava. E gosto de aprender sozinho, o que acabo considerando mais um hobby. Muitas vezes me deparo com algum termo novo e vou pesquisar sobre; uma coisa vai levando até outra e no fim acabo aprendendo sobre um monte de assuntos que eu nunca pensei que seriam interessantes. Também aqui em casa costumamos falar que “reclamar” é nosso hobby principal.

E.P – Quem acompanha seu grupo no Facebook percebe que você está a procura de uma nova editora para publicar a série A Lenda de Högni. Saiba que o Encantos Paralelos deseja toda a sorte do mundo na busca pela editora e muito sucesso na sua carreira, obrigado responder a nossa entrevista. Deixo este espaço para conversar um pouco com nossos leitores e contar um pouco o que devemos esperar na continuação de seu livro.

Em primeiro lugar, obrigado ao Encantos Paralelos pela oportunidade. Me diverti bastante respondendo as perguntas. Segundo: queria convidar quem ainda não conheceu o A Lenda de Högni a conhecê-lo, claro. Tenho uma camiseta assinada por todos meus leitores da Bienal do Livro deste ano que diz: “Somos todos bem-vindos onde os deuses habitam...”
Para os que já leram, só tenho uma frase: daqui para frente é só ladeira abaixo.

Quando uma nação de deuses é colocada em risco de guerra contra uma titânide poderosa esquecida, aprisionada num cinturão, Högni é marcado pelo destino como o único capaz de proteger o artefato e salvá-lo do problema. Entretanto, a peça acaba inesperadamente sendo usada e Adhara se liberta com intenções de tomar posse daquela dimensão. A antes fria união e sólida confiança entre as divindades se abalam e alguns optam por apoiar a causa inimiga. Agora, cabe ao garoto lutar contra sua oponente, mais forte, e proteger os deuses que o pouparam da morte, cumprindo o que foi profetizado, ou sofrer as graves consequências.



Onde comprar:
Super Abraço, Victor Rosa

6 comentários:

  1. Adoro conhecer novos autores, principalmente brasileiros, a literatura da nossa nação é muito desvalorizada.
    http://resenhasemuitomais.blogspot.com.br/

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  2. Oi Victor, tudo bem?

    Adorei a entrevista. Não conhecia o autor, mas achei a entrevista super bacana. Gostei da forma de pensar do William. Adorei saber que ele é Potterhead!

    beijos
    Kel
    www.porumaboaleitura.com.br

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  3. Oi Victor,
    Gostei bastante da entrevista! Não conhecia nem o autor e nem seu livro! Ambos parecem ser bem legais! :)
    Como a Raquel mencionou acima, eu tambem gostei da forma como o William pensa!

    Abraço
    Adriano G. - GeraçãoLeitura.com
    http://geracaoleiturapontocom.blogspot.com.br/

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  4. Oi Victor. :D
    Obrigado pela entrevista! Vou divulgá-la na página e grupo do livro para meus leitores darem uma olhada. ^^
    Adorei o blog!
    Até mais e feliz ano novo!

    Abraço,

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  5. Victor que legal, parabéns pela parceria e boa leitura. Desejo sucesso ao autor!!!
    Fico feliz ao conhecer mais um autor nacional e fico impressionada por ele ser tão novinho e cheio de ideias!!!

    Desejo sucesso a coluna que ficará quinzenal!!!
    Leituras, vida e paixões!!!

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  6. Uau que legal,desejo sucesso ao autor, e fiquei interessada com a história do livro,tenho certeza de que é fascinante.
    Beijos

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