07 junho 2014

[Resenha] "Divergente" de Verônica Roth



Título: Divergente
Autor(a): Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: 502
Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.

Se eu tivesse que descrever o livro em apenas uma palavra seria: fantástico. Todo o governo e situações criadas por Verônica Roth despertaram em mim emoções que apenas Suzanne Colins, em Jogos Vorazes, havia conseguido despertar. Posso afirmar que quem gostou de Jogos Vorazes com certeza irá gostar de Divergente.

Em uma Chicago futurista temos um governo dividido em 5 facções: Audácia, Franqueza, Amizade, Erudição e a Abnegação. Cada uma tem seu estilo de vida específico e quando uma pessoa faz 16 anos eles podem escolher qual facção seguir, se irão continuar na mesma facção da família ou se formarão uma nova vida, em uma nova facção.

A personagem principal, Beatrice Prior, já está com 16 anos e no começo do livro somos apresentados a ela no processo de escolha da Facção. Antes da escolha, porém, eles fazem um exame que indica qual facção eles poderiam se dar bem. Diferentes dos outros a Tris deu uma Divergente, ou seja, ela foi indicada a três facções. Porém ser um Divergente é algo extremamente perigoso e durante quase toda a leitura do livro não sabemos o porquê.


Mantendo o segredo da divergência, Tris segue para o processo de Seleção da nova facção e posso adiantar que não só a sua escolha surpreende a todos. Uma certa pessoa deixará você de queixo caído.

Após a escolha todos são imediatamente levados para sua nova facção e assim começar o processo de iniciação. Aqueles que não são aprovados na iniciação tornam-se Sem-Facção e são fadados a viverem perambulando pelas ruas e dependerem da boa vontade, geralmente das pessoas da Abnegação.

"-Vocês nos conheceram- diz ele. - Agora nós conheceremos vocês." 

Durante todo o livro nos deparamos com a rotina de Beatrice na nova facção e para marcar sua nova vida ela decide mudar seu nome para Tris. Nesse decorrer reparamos a formação da sua personalidade e confiança. Deixamos de ter uma menina fraca e indefesa para uma mulher corajosa, irônica, forte e que não tem medo de seguir seus objetivos.

"Beatrice era uma garota que eu eventualmente via de relance no espelho e que se mantinha calada na mesa de jantar. A pessoa que vejo agora prende o meu olhar e se recusa e libertá-lo; esta é Tris."

O instrutor dos iniciandos transferidos é o Quatro. Em uma resenha uma amiga descreveu ele como sendo "personagem que encanta e assusta ao mesmo tempo". E realmente é verdade. Ele é um personagem que age com a razão, mas nos momentos certos deixa ser dominado pelas emoções. Simplesmente apaixonante e, ÓBVIO, que vai pintar um clima entre ele e Tris.


Como disse no começo o livro é realmente fantástico, mas se você espera ter uma leitura repleta de ação e emoção do começo ao fim está completamente enganado. Divergente realmente cumpre seu papel de livro de abertura. Nas primeiras 400 nós apenas acompanhamos o processo de mudança da Tris e conhecemos verdadeiramente a personagem. Nas últimas 100 páginas a bomba estoura e rapidamente o foco da história muda, sabemos o motivo da divergência ser perigosa e realmente a ação rola de maneira assustadoramente rápida e desenfreada. 

O filme de Divergente foi lançado este ano e consegui ir assistir no cinema. Apesar de ser bem superficial e ocorrer diversas mudanças ele conseguiu manter a essência do que o livro quis passar e acabou não perdendo pontos comigo. A trilha sonoro, os efeitos, os atores, tudo foi escolhido com perfeição e quando juntou com a história adaptada na medida certa criou-se um filme de tirar o fôlego!

Olha a felicidade da criança!
O livro é narrado em primeira pessoa, pela Tris. É uma leitura leve e com cenas fortes na dosagem certa. A capa é linda e a diagramação é impecável: letras grandes e folhas amareladas. O livro só peca mesmo na revisão onde erros de digitação são encontrados com bastante frequência.

Como não poderia deixar de ser, minha nota é 5/5 Encantos e ainda está favoritado e empatado com Jogos Vorazes!

Super Abraço!

7 comentários:

  1. Eu amo distopia, as primeiras distopias que eu li foram as clássicas, como 1984, Laranja Mecânica, Fahrenheit 451... Por eu ter me apaixonado pelas distopias clássicas achei que não curtiria as que estão surgindo, mas ao contrário do que eu pensava amei Divergente, Jogos Vorazes... Mesmo sendo uma trilogia, o que não acontece nos clássicos.

    Adorei a resenha, está muito bem feita Victor!

    bjs =D

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  2. Oi Victor :)

    Já li Divergente e gostei bastante, mas não excelente e com Insurgente é a mesma coisa, terminei hoje, mas não curti tanto assim. Abraços!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/

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  3. Olá!
    Opaa, se esta empatado com Jogos vorazes é porque é realmente fantástico como descreveu rs.
    Adorei a resenha, o filme ainda não vi, mas acho que verei primeiro, o livro está bem abaixo da lista dos que serão lidos e ainda não houve resenha que chamasse atenção...

    ótima resenha.

    Abraços!
    De tudo um pouco da Thá

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  4. Uou.
    Você gostou mesmo desse livro. Bela resenha. Não estava tão ansioso por esse livro, mas com algumas resenha e a sua, sinto a necessidade de lê-lo o mais rápido possível (acho que sou o único que ainda não o leu. haha), e pelo visto, já que gostei de Jogos Vorazes, irei adorar Divergente.

    Até mais ver,
    Pedro S.
    decaranasletras.blogspot.com

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  5. Olá, Victor Rosa!

    Como o Pedro falou, parece que você realmente gostou desse livro. Eu, particularmente, não o achei tanta coisa assim. Fiz resenha lá no blog e disse alguns dos motivos (que entre eles é a monotonia durante o enredo e a "pressa" na conclusão). Enfim, Insurgente consegue ser mil vezes melhor que o primeiro livro da trilogia. Agora, estou lendo Convergente, para poder concluir a série. Espero que não seja tão ruim quanto dizem por ai!

    Abraços,
    Sérgio H.

    www.decaranasletras.blogspot.com

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  6. Victor querido adorei sua resenha e agora estou mais curiosa ainda. Tenho ele em ebook, mas estou querendo a trilogia impressa. Estou pensando em comprar no meu aniversário no mês que vem, não sei ainda estou decidindo. Beijos e parabéns pela leitura, resenha e pelo filme (ainda não vi =\ pense numa pessoa atrasada com o cinema o/ eu).

    Leituras, vida e paixões!!!

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  7. Gostei da resenha. Não li o livro ainda, apesar de sempre ter curiosidade e vontade, porém sempre deixo pra depois e nesse meio tempo vejo o quanto estou enrolando rs. Quando eu estava esquecendo do livro eis que fui no cinema ver o filme e curti muito o que vi e quero ainda mais ler o livro para aprofundar mais na história que é muito massa! o/

    Abraços.
    www.entrepaginasdelivros.com

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